Durante séculos, em várias culturas e religiões, a forma simbólica da luz foi explorada na arte. O ser humano sempre associou a luz à uma força divina.
Na fotografia, é possível fazer o uso da luz de forma simbólica. Platon, um fotógrafo famoso, utiliza o recurso da aureola, uma luz ao redor da cabeça dos modelos, uma referência do próprio autor com a arte bizantina.
A fotografia a seguir, sugere a união de três artistas: a violinista, o iluminador e o fotógrafo. Criou com a luz uma espécie de estrela.
Leonardo Da Vinci, utilizou em grande parte das suas pinturas, um efeito de iluminação total, como um dia de céu nublado. Com o quadro mais famoso do mundo, a Mona Lisa, percebe que quanto mais longe estão os planos do nosso olhar, ficam mais azulados. Na pintura a iluminação do fundo é muito parecido com a iluminação no rosto, na natureza como olhamos é algo impossível, pois Mona Lisa está sentada em uma varanda no contra luz da paisagem.
Na imagem da Santa Ceia, de Leonardo da Vinci, a claridade que se observa no objeto depende da distribuição do mesmo e da luminosidade no campo de visão total, gerando uma unidade na pintura. A localização de Jesus, como figura central, de forma triangular, e ao fundo uma janela com iluminação bem natural, buscando o destaque para este personagem. Novamente a iluminação da cena foi pensada de forma artificial, pois os personagens e os objetos estão contra a luz.
Para destacar a modelo da pintura, Piero di Cosimo, coloca uma nuvem escura envolta do rosto, para trazer mais destaque a imagem. Vemos o que é escuro porque esta próximo ou sobreposto ao claro, que também pode acontecer ao contrário.
O pintor Caravaggio é considerado o mestre da luz de todos os tempos, ele utiliza uma iluminação bastante teatral, construindo climas e destaca os elementos mais importantes da cena. No quadro abaixo, o mais importante é onde possui mais iluminação, no caso Jesus. De forma simbólica, a mão de Jesus aponta para baixo, ou seja, para a tumba, porém tocando uma parte iluminada, como uma mensagem subliminar, onde ele escolhe ir em direção a luz, que está associada a vida.
Este próximo quadro, é uma foto de uma obra que desapareceu durante a Segunda Guerra Mundial. O fundo da imagem totalmente escuro, e tudo que aparece na luz tem um significado para a obra, parecendo que a fonte vem a partir do livro. A iluminação é desconhecida, provocando curiosidade.